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**Como seria ter o controle do tempo?**

**Como seria ter o controle do tempo?**

Seria como um controle de videogame?

No videogame, conseguimos controlar o tempo — o tempo do personagem.

Ou talvez como um controle remoto de TV, onde mudamos o canal do tempo?

Mas será que é possível controlar algo que não tem forma? Controlar o abstrato… Controlar o relógio…

Acho que não.

Se fosse assim, Cinderela não teria perdido o sapato, e a carruagem não teria se

transformado em uma abóbora.

O relógio pararia para que alguém pudesse ser feliz; a Branca de Neve não teria comido a maçã.

Todos seriam felizes, sempre, em harmonia.

O tempo não pode ser controlado. Ele não espera por ninguém; simplesmente passa.

Passa muito rápido, na velocidade da luz, mas sempre brilhante.

Poesias e girassóis….

**As palavras que voam pelo ar!

Que vão correndo,

Poesias e girassóis,

Horas que fluem suavemente ao som do tempo!

O tempo dança na serenidade das horas!

O girassol a brilhar,

A menina a pular.

1, 2, 3, cadê o girassol?

Ele está ali, a observar a menina a saltar!

Na dança das palavras,

Na dança das horas,

No som da vida,

A bordar e a pular,

Saltando entre as palavras,

Palavras que transformam,

A pular pela vida,

Palavras que voam pelo ar!**

 

**Eu sou aceitação**

**Eu sou aceitação**

Eu me aceito.

Eu sou aceitação.

Já briguei com ela algumas vezes—com a aceitação.

Mas agora estamos em harmonia.

Caminhamos de mãos dadas

Pelos campos floridos da vida.

Andamos entre flores, mares e estradas internas,

Construídas por cada retalho deste grande mosaico

Que eu sou.

Eu me aceito,

Assim como sou, com meus cabelos castanhos lisos e meus inúmeros óculos,

Para enxergar o mundo de maneira mais clara. Falo isso de forma figurativa,

Porque, no sentido abstrato, eu vejo com o coração.

Eu me aceito assim, com o pé um pouquinho voltado para dentro.

Não havia um jogador assim,

Então por que não uma bailarina?

A arte da sapatilha,

A arte da bola,

A arte da vida,

A arte da transformação,

A arte da aceitação.

A arte de se aceitar.

Aceitar nossa pintura refletida no espelho,

O profundo da alma.

A alma que se aceita no acender da luz mais pura do nosso ser mais íntimo.

Os segredos da alma.

Eu sou aceitação.

Era uma vez um planeta chamado Terra….

Era uma vez um planeta chamado Terra.

Muita gente mora lá, e eu também. Ele é dividido em muitos países. Eu moro em um deles,

um país tropical, bonito por natureza, mas que atualmente enfrenta muitos problemas.

Voltando a falar do planeta Terra, era carnaval no meu país, e começava a chegar um vírus

de outra parte do mundo, lá pelo lado do Oriente, que fica bem longe do meu país, que é

lindo por natureza, mas repleto de desafios. O vírus mudou tudo; tivemos que nos adaptar

e fazer tudo dentro de casa.

Mas a esperança estava lá, escondida no bater do coração, na lembrança da infância, para

que nunca possamos perder a fantasia. A esperança estava em cada flor, nas aulas de

ballet online. Ela estava aqui e ali, esperando dias de mais alegria para o meu planeta.

Sim, não sou o Pequeno Príncipe; reparto meu planeta com muita gente. Afinal, a

companhia e o amor fazem parte dos seres humanos que habitam este pequeno planeta

azul, que faz parte de um grande sistema solar… ou seria um pequeno sistema solar? Bom,

isso já não sei.

Sei que estou aqui, esperando a esperança.

Terra, planeta da água.

Terra, planeta da esperança.