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Copas

Copas 

Copa de 1990

A primeira Copa do Mundo que me lembro foi em 1990, quando eu deveria ter uns 9 anos. A Alemanha foi a campeã, a mesma seleção dos  7 a 1 anos mais tarde.

Recordo-me de assistir à Copa usando um macacão da Giovanna Baby, a loja mais famosa da época para crianças. Naquele tempo, fizemos um calendário como lição de casa na aula de artes, e, convenhamos, nada melhor do que o conceito de tempo para refletir sobre as memórias afetivas de cada Copa do Mundo.

Voltando ao macacão da Giovanna Baby, que era preto e apresentava o famoso mascote da loja, eu não tinha uma camiseta verde e amarela, então era com ele  que assistia aos jogos.

Lembro-me bem de um jogo da Argentina, a mesma equipe que está em campo agora, mas com o  Maradona, que ainda estava vivo e jogando naquela época.

Assistimos ao jogo em um hotel em Serra Negra, a mesma cidade conhecida pelos carrinhos que as crianças usam para passear na praça, um local que parece ter parado no tempo, assim como a época dos macacões da Giovanna Baby.

Lembro que eu queria comprar uma boneca de plástico daquelas bem simples de plástico que hoje custa por volta  de 10 reais  , não me lembro o valor na época e nem o dinheiro que se usava , talvez cruzeiros ou cruzados , mas ninguém quis comprar a tal boneca de 10 reais para mim.

hoje em dia uso estas mesmas bonecas de 10 reais em versão menor nas minhas colagens e bordados 

Copa de 1994 

“Saindo de 1990 e chegando a 1994, quatro anos depois, eu já não era mais uma criança, mas sim uma pré-adolescente.

Já podia assistir aos jogos fora de casa, vestindo minha camiseta verde e amarela com um cachorrinho de uma loja famosa do shopping Ibirapuera, aquela mesma da miniatura.

Essa loja está no shopping desde a sua inauguração, datada de 1976, alguns anos antes de eu nascer.

Durante minha infância e adolescência, fui vizinha desse imponente shopping para a época.

Voltando à Copa de 1994 e à minha primeira camiseta verde e amarela, ou seria amarela e verde… qual seria a ordem correta?”

A final de 1994 foi com a Italia da minha avó e bisavó, naquela época dava para usar as cores do Brasil sem medo de ser Feliz ….

Copa 1998

Quatro anos depois, chegamos a 1998.

Eu já era uma adolescente que escolhia suas próprias roupas. Minha camiseta da loja Guaraná Brasil era amarela, parecia um canarinho.

Usava-a com calças jeans rasgadas nos joelhos, que eram a moda da época, e tênis escuros de salto para combinar.

Também levava uma mochila jeans para a escola e pintava as unhas de azul, para entrar no clima.
Meu fichário tinha a capa da Princesa Diana e era feito por mim mesma, com fotos recortadas de revistas e forrado com papel Contact.

Foi nesse ano que comecei a pintar com as tintas Gato Preto.

A pior parte é que essa tinta realmente existia; na época, era a mais barata e tinha um tom de azul que eu amava.

Eu costumava pintar durante os jogos e me lembro de ter pintado uma igreja.

Talvez daí tenha surgido meu gosto por pintar e bordar santos.

Copa de 2002

“Quatro anos depois, em 2002, eu já era uma jovem adulta, no segundo ano da faculdade de Artes Plásticas.

Sim, esse era o nome; sou das antigas. Assistia aos jogos todos usando meu pijama xadrez do Milho Verde, uma loja famosa do bairro onde cresci.

A loja ainda existe até hoje. Naquela época, tinha também uma camisetinha para usar na faculdade.

Como os jogos eram de madrugada, o figurino era, na verdade, os pijamas.

Já morava no bairro vizinho ao famoso estádio que, naquela época, sediava os jogos do Corinthians.”

Copa  2006

Na Copa de 2006, não me lembro de ter uma camiseta do Brasil, mas tinha uma da Inglaterra, embora não saiba o porquê.

Foi o ano em que comecei a fotografar, e existem fotos minhas com essa camiseta da Inglaterra, feitas no estúdio da escola de Fotografia. Vai entender…

Fora isso, não me lembro de muitas outras coisas.

Copa 2010

Copa do Mundo de 2010 na África do Sul

Lembro-me da Copa de 2010, realizada na África do Sul e suas cores vibrantes. Era o

começo do Twitter, e eu me sentia uma comentarista de futebol.

Os jogos aconteciam à tarde, e eu comentava sobre eles no meu computador roxo, que tinha pouca memória.

Era um desafio, pois ele frequentemente travava e esquentava muito ….

 

Copa de 2014 

No meu Brasil de todos os santos 

A copa dos 7 a 1 complicada no placar

complicada na vida pessoal  , com infecções , crise de ansiedade por causa das infeções, mudança de apartamento , 

mudança um negocio tão chato que contínuo no mesmo apartamento até hoje…

Copa de 2018 

A copa que passei bordado…,

tinha começado a bordar a pouco tempo….

então estava total na fase  dos bordado…

aliais não sai até  hoje das fase do bordado ,

eu bordo meu próprio universo 

A copa das linhas e agulhas 

Que não deixa de ter um pouco da copa de 1998 com suas pinturas afinal o bordado e a

pintura sempre andaram juntos na minha vida …

Um não vive sem o outro ….

Copa de 2022

Depois de um pandemia sem fim ,

a copa que parecia uma luz no fim do túnel  ……

E foi  entre um bordado  e outro ,

um desenho e outro ..

um texto e outro …

uma fotografia e outra….

um ateliê novo….

e almoços  a olhar o mar ….

Sim ha uma esperança que vem pulsando sem medo de ser feliz …..

 

Uma quarentena teria 40 dias ?

Uma quarentena teria 40 dias ?

Será ?

A minha teve quase dois anos 

Pouco sair neste tempo todo 

Os detalhes da casa foram ficando mas presentes 

Detalhes…. coisas miúdas que as vezes passam em branco 

Nos dias de céu azul e correria de São Paulo

Detalhes …. memórias de tempos que foi  …

porem ainda  fazem parte do nosso dia a dia 

As santinhas de tantos nomes Rita , Terezinha

As nossas senhoras aparecida, Nazaré , Fátima  

Por que é de fé em fé  de sonho e de pó 

As bonecas do frozen … livre estou… como se fala no filme

Mesmo aqui ,  no mesmo lugar 

Livre com os meus bordados 

Com linha e agulhas 

Com pincéis e tinta 

Com as flores de caminho ou melhor com as flores de casa 

Orquidias de muitas cores 

Álcool gel para todos os lados  e máscaras coloridas 

Novos tempos, novos acessórios 

A caminha rosa da cachorrinha que não para pela casa 

A vida que vai passando entre um ifood e outro 

As aulas on line , a arteterapia , os estágios 

A terapia ,

a vida a caminhar entre quatro paredes mas aqui tem um pouquinho mas eu acho 

Os pássaros a cantar nas árvores 

A cachorrinha a correr 

O tempo que não para 

O tempo que vai no ritmo do bater do coração

Novas ideias , bordados que falam da pandemia, que falam de rios de mapas , de memórias,  

Detalhes cada um com sua histórias 

Ursinhos de alguma viagem para o outro lado do oceano 

Oceano que vai em vem 

Detalhes o violão parado no canto 

O violão que só sabe tomar com uma de um certo padre do interior 

A máquina de costura parada em outro canto da casa 

textos e mas textos escrito no meu caderno florido 

Estrelas do céu a bilhar 

O mundo que gira como uma roda gigante 

A tv a mostrar as histórias de uma pandemia sem fim 

Agora há uma luz 

A luz a bilhar 

As aulas on line

o Ballet on line a vida que dança 

A aquarela on line as cores e suas manchas 

Cores que foram colorindo dias de isolamento 

Cores , palavras , linhas , tecidos 

Um universo inteiro criado dentro de casa 

Casa meu pequeno laboratório de criatividade 

Os detalhes estão aqui e ali a acompanhar os meu pincéis e as minhas agulhas 

**Hoje**

**Hoje**

Hoje faz frio aqui.

Estou usando um moletom da Bela e a Fera, talvez um dos meus

desenhos favoritos.

Falei muito hoje, como falei.

Mas comecei meu caminho em direção ao mar.

O mar é azul, como o céu.

Na verdade, é um caminhar, um sonho.

Um sonho de respirar perto do mar.

Sinto que hoje estou um pouquinho elétrica.

Acho que há energia dentro de mim; há um fio que conduz várias correntes em tons

diferentes. Às vezes, estão mais para o vermelho, uma agitação pura, como a de hoje.

Às vezes, a luz é verde e me traz calma.

Ou azul, como o céu, ou como o ar.

O ar é azul?

Lembro de quando éramos livres para dançar nos palcos da vida.

Vida que vai…

Vida que vem…

Vida que roda como um grande carrossel, girando com seus cavalinhos coloridos.

A girar, girar.

Vermelho.

Para esvaziar.

Uma bexiga dessas de festas.

Poderia ser redonda ou a do Mickey, como a da minha infância.

E aquele ar lá dentro se movimenta.

O movimento e suas emoções.

Emoções que vão mexendo com a gente.

Às vezes, é preciso calma.

Calma para ir esvaziando aos poucos.

E ir escrevendo novas histórias.

Com o vermelho.

 

**Eu sou aceitação**

**Eu sou aceitação**

Eu me aceito.

Eu sou aceitação.

Já briguei com ela algumas vezes—com a aceitação.

Mas agora estamos em harmonia.

Caminhamos de mãos dadas

Pelos campos floridos da vida.

Andamos entre flores, mares e estradas internas,

Construídas por cada retalho deste grande mosaico

Que eu sou.

Eu me aceito,

Assim como sou, com meus cabelos castanhos lisos e meus inúmeros óculos,

Para enxergar o mundo de maneira mais clara. Falo isso de forma figurativa,

Porque, no sentido abstrato, eu vejo com o coração.

Eu me aceito assim, com o pé um pouquinho voltado para dentro.

Não havia um jogador assim,

Então por que não uma bailarina?

A arte da sapatilha,

A arte da bola,

A arte da vida,

A arte da transformação,

A arte da aceitação.

A arte de se aceitar.

Aceitar nossa pintura refletida no espelho,

O profundo da alma.

A alma que se aceita no acender da luz mais pura do nosso ser mais íntimo.

Os segredos da alma.

Eu sou aceitação.

**Era uma vez uma infância**

**Era uma vez uma infância**

Era uma vez uma infância que ficou registrada na memória, entre o pé de amora e o

parquinho de pedras brancas.

Por onde passava a minha bicicleta rosa, havia espaço para correr.

Mas eu não sabia correr… e ainda não sei.

No entanto, sabia voar.

Voava na minha imaginação, pedalando pelas pedras brancas com a bicicleta rosa.

Neste final de semana, tentei correr novamente no parquinho de pedras brancas,

acompanhada de um cachorrinho de plástico perdido – uma cena que parecia ter saído de

um quadro de Edward Hopper.

Um cachorrinho de plástico, da nova geração, os atuais habitantes do meu parquinho da infância,

que neste final de semana tinha novos pequenos:

os pequeninos da tia Abi – ou melhor, agora tia Gabi.

Ainda não sei correr,

mas sei voar na imaginação.

E foi como se um dia valesse por um ano inteiro.

Não importa se a pandemia nos separou;

a ligação sempre estará lá,

com os meus pequenos habitantes do parquinho e do meu coração.

Como foi bom balançar com vocês!

Ops, a tia Gabi não entra na balança,

Ela ainda gosta  bicicleta rosa.

Ela ainda não sabe correr,

mas sabe voar na imaginação com vocês.

Sabe sobre o pé de amora, sobre dinossauros e sobre Legos coloridos.

E sabe amar e voar!

 

**Eu sou**

**Eu sou**

Quietinha,

meia tímida,

um pouco teimosa,

um pouco nervosa,

muito sentimental.

Choro por qualquer coisa,

e fico mais nas nuvens do que na terra.

Sou bastante distraída

e acabo quebrando tudo.

Gosto do mundo das cores,

do mundo das águas,

de poesia,

das pessoas.

Sou devota de Nossa Senhora em todos os seus nomes e de Santa Terezinha.

Amo a cor rosa,

adoro sair com você,

e sou apaixonada por café.

Hoje em dia, não me preocupo tanto com a história do medo.

Aprendi que posso dançar e até voar na imaginação.

Meu nome é inspirado em Jorge Amado, assim como os olhos do meu avô.

Ele me ensinou a ser forte através do seu olhar.

Então, eu nasci assim,

mas nem sempre serei assim.

Dia a Dia

Série  dia a dia 

retratos da vida 

Vida transformada em cores 

Cores da vida 

Momentos especiais 

Momentos eternizados nas cores 

Desenhos para comemorar datas especiais 

Aniversário de amigas 

Aniversário de cidades 

Apresentações de Ballet os passos nas linhas e cores 

Dias alegres , Dias de sol 

Dias tristes, Dias de chuva 

Musicas transformação de notas musicais em cores 

A vida como um Rio que vai fluindo através de cada cor de cada linha 

A vida em movimento 

Movimento retrato 

Uma forma de deixar o tempo fluir 

O fluir da vida transformada em cores 

Um besouro….

Estava no escritório, ou melhor, na parte da casa que transformei em ateliê durante a

pandemia. Na verdade, já tinha feito isso um pouco antes da pandemia começar.

Lá estava eu, organizando minhas linhas, quando de repente um bicho entrou voando pela

janela. Sai correndo e fechei a porta. Fui chamar a Ti !

“Tem um bicho lá no escritório e ele está fazendo barulho!”

“É um morcego?” a Ti  perguntou.

“Não sei, mas é grande.”

Então a Ti se dispôs a tentar matar o bicho para mim.

“Não entra aí, o bicho vai te pegar!”

“Mas como assim, é grande desse jeito?!”

“É grande, faz barulho e deve morder!”

“Não é possível!” a Ti respondeu.

A ti  pegou veneno, uma vassoura e foi tentar acabar com o bicho.

Nesse momento, o inseto entrou no meio dos meus papéis de aquarela. Peguei o veneno e

comecei a borrifar por toda parte! O veneno espalhou-se por todo lado: no iPad, no meu

caderno da pós-graduação e no chão.

No final, a ti  conseguiu matar o bicho. Então, virou-se para mim e disse: “Todo esse

escândalo era só por causa de um besouro?”

“Sim!” confirmei.

Aí a ti perguntou: “Como você vai cuidar de uma cachorrinha se tem medo de besouros? A

cachorrinha não pegaria o besouro?”

E eu tinha prometido que iria pintar o besouro para você! Aí está!

A menina com medo ……

Eu estou quase um ano dentro de casa …..

e fui fazendo os meus trabalhos , escrevendo os meus textos , e tinha publicado os trabalhos por mês , mas cada um tem uma historia …

 

então resolvi fazer a serie de pequenos textos por trabalhos e ir contando um pouco ……..

 

cada um com seu titulo e sua historia ……

 

a aquarela que fiz logo  no começo da pandemia

a menina com medo do corona vírus !!!!!!

o medo , o que aconteceria ?

como seria o mundo ?

o novo normal !

o que é o novo normal ?

quando isto tudo acaba ?

melhor então se esconder ?

Será que assim passa ?

será que os dias acabam mas rapidamente assim ?

era um momento de muitas dúvidas e poucas respostas