A canção que toca a alma….

“Canto de um povo

A cada dia o sol se ergue

Ao fim da tarde, lágrimas se derramam

A beleza do tempo

A canção que toca a alma

Alma que se eleva

No entardecer as lágrimas caem

Choram como o último raio de sol

Que entra pela janela

É a hora da saudade

Que nos faz chorar

Todos os dias o sol se levanta

E a lágrima seca

Até o cair da tarde

O canto de um povo

O canto da alma.”

 

**O Amargo da Vida**

**O Amargo da Vida**

– Mensagens repetitivas no WhatsApp

– Um mundo que só pensa em dinheiro

– Sentir-se preso no elevador

– Pessoas sem empatia pelo próximo

– Aqueles que veem minhas cachorras apenas como animais (elas são minhas filhas)

– Café sem açúcar

– Dias frios

– Tempestades intensas

– A dor da guerra

– Doenças que nos afligem

– Filmes tristes

– Quem não ama bichos e plantas

– A rosa que murcha

– A dor da perda, quando alguém parte.

**As Coisas Simples da Vida**

**As Coisas Simples da Vida**

– Bordar enquanto admiro o mar

– Brincar com minhas cachorrinhas

– Sentir o afeto da ti

– A boneca que ganhei hoje

– O cafezinho quente

– A tinta que desliza pela tela

– Capturar memórias com a fotografia

– A música de Milton Nascimento e Caetano Veloso

– Os poemas na voz de Bethânia

– As canções latinas do RBD

– A areia na praia

– A carne moída com batatinhas

– O bolo de chocolate

– As flores que embelezam a casa

– As linhas que entrelaçam histórias

– As ondas do mar acariciando a areia

– A piscina com sua água azul

– Um bom livro que encanta a mente

– A pureza das crianças

– A beleza de um ballet….

 

 

Livros e Pontes …

“O período de encantamento da infância durante a quarentena transforma os livros em

pontes, que se tornam janelas para novas realidades. Cadernos repletos de tristeza e

brinquedos esquecidos permanecem na passagem do tempo que continua a girar.

Enquanto lá fora um vírus ameaça, e amigos correm riscos, a essência do tempo e a vida

das palavras persistem. Os livros mantêm-se vivos; atrás dos muros de nossos lares, ainda

há vida e histórias a serem descobertas nas páginas que nos cercam…”

texto feito em março de 2020

**O Elevador**

**O Elevador**

Era uma vez um dia em que tive um surto de pânico no elevador, com minhas duas

cachorrinhas. Fiquei muito nervosa, e minha cachorrinha maior também. Ela latia, enquanto eu chorava.

Nunca gostei de elevadores; para mim, eles parecem uma caixa, e você fica presa lá.

Às vezes, tenho vontade de me refugiar em um lugar onde só haja bichinhos. Não me dou

bem com cidades onde tudo sobe. Não gosto de avião, de montanha-russa, de roda-

gigante… de tudo que vai para o céu. Prefiro ter os pés no chão.

Minha cachorrinha mais velha me puxou; uma delas estava dormindo, enquanto a maior gritava.

Até a vizinha do 3º andar me tirar do elevador, atrapalhando assim o seu almoço.

O elevador voltou a funcionar, mas logo parou com outra pessoa. E minha cachorrinha latia de dentro do meu quarto.

Minha família nunca entendeu muito bem meu pânico.

Eles vivem  lá em cima.

Eu preciso ver o chão, as crianças gritando na pracinha em frente ao prédio, os carros

buzinando, as luzes, as músicas que vêm dos carros que insistem em andar com o som alto.

Das alturas, só gosto de olhar as nuvens e as estrelas que brilham.

Doce aroma de morangos.

Escrever para mim sempre foi um alento para a alma; é como bordar com palavras.

O bordado e a escrita sempre caminham juntos. A palavra é capaz de trazer simplicidade

em momentos difíceis, simplificando meu caminho. Enquanto a aula se desenrolava pelos

labirintos das palavras, a realidade me incomodava com os problemas do mundo. Pessoas

que acreditam que a vida funciona apenas por cifras, com seus próprios relógios e palavras

duras, esquecem que existe poesia e simplicidade do outro lado da cortina.

Por outro lado, no meu mundo criativo, me voltei para as palavras simples. Um universo

onde elas deslizam puras, distantes da rigidez do cálculo. As palavras fluíam suavemente,

exalando o cheiro de morango do meu caderno de Moranguinho. E havia, ainda, a

companhia da boneca que acabara de ganhar, semelhante à que tive na infância. Era uma

boneca de 1984, reedição de uma famosa fábrica de brinquedos, marcada por um símbolo

de estrela sob o céu nublado de uma noite de quinta-feira.

A boneca, ainda na caixa, me acompanhava, trazendo o sal da vida em pedaços de açúcar

e o doce aroma de morangos.

A vida, efêmera

A vida, efêmera por essência, foi sempre permeada pela preocupação paterna em evitar

minha tristeza. Há quinze dias, em uma ligação marcada por lágrimas, eu expressava meu

desalento sem conseguir articular claramente meus pensamentos. Do outro lado da linha,

meu pai, pacientemente escutava : “Fale com calma, pare de chorar.” Revelava então meu

medo de solidão; ele prometeu visitar no final de semana para o lançamento do meu livro.

A memória mais vívida que guardo é nossa última conversa presencial no dia do evento,

rindo juntos ao discutir sobre minha coleção de bonecas Barbie e RBD – um sonho infantil

realizado. Ele sempre me viu como sua menina pequena, mesmo que

subconscientemente. Aquela conversa reiterou minha dualidade: uma escritora e artista

plástica com exposições  ainda encantada por bonecas. O colar de pomba que ganhei em

um aniversário e as bonecas Frozen que ele me presenteou continuam a fazer companhia

em meu quarto e alimentam minhas fantasias criativas. Mesmo após o 4 de julho, quando

perdi um pouco da luz  da infância com o falecimento do meu pai , continuo a abraçar a

simplicidade dos novos sonhos e a pureza de estar rodeada por minhas cachorrinhas. Este

relato foi elaborado durante uma sessão de escrita terapêutica; reflete não apenas uma

perda, mas a persistente influência paterna em minha jornada pessoal e criativa.

Dificuldades na expressão do afeto em português.

“No mundo de hoje, as pessoas são muito proficientes em matemática, no entanto, muitas

vezes apresentam dificuldades na expressão do afeto em português. Elas dominam os

números, mas podem encontrar desafios ao tentar transmitir o sentimento de amor

através das palavras. Por mais simples que pareça, a palavra ‘amor’ contém apenas quatro

letras, no entanto, alguns indivíduos estão mais familiarizados com dígitos do que com a

verdadeira essência e significado dessa palavra.”

Exposição 20 de novembro

Reflexões sobre a Exposição do Dia da Consciência Negra: Uma Celebração da Diversidade Cultural e Artística …..

No dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, somos convidados a refletir sobre a

importância da cultura afro-brasileira e suas contribuições inestimáveis para a sociedade.

A exposição em questão destaca essa riqueza por meio de uma vibrante paleta de cores e

diversas linhas, utilizando a arte como linguagem para celebrar a data

bailarinas, músicos, ginastas olímpicas ou jornalistas, todos esses protagonistas se entrelaçam em uma narrativa que reverbera resistência, histórica

A música brasileira, outro foco da exposição, destaca a influência de artistas que carregam em suas vozes a história e a resistência do povo negro. Nomes como  Elza Soares e  são celebrados

A presença das ginastas olímpicas na exposição também desempenha um papel crucial. Elas representam um fenômeno de superação e força, simbolizando a determinação de

os jornalistas negros que compõem a exposição são fundamentais para a narrativa que busca dar voz a quem frequentemente é silenciado.

Em suma, a exposição do Dia da Consciência Negra é uma poderosa celebração da diversidade cultural brasileira. As bailarinas, músicos, ginastas e jornalistas nos lembram que, por trás das cores e formas, existe uma rica história de luta e resiliência. Que possamos levar essas reflexões para além do dia 20 de novembro, reconhecendo e celebrando a influência e a importância da cultura afro-brasileira todos os dias.