Bisa Bia , Bisa Bel ….

um texto da aula …… ( vou postar um pouquinho dos meus textos a partir de agora )

Era uma noite de uma sexta-feira do mês de julho, meados dos anos 90. Fazia muito frio na lanchonete do clube, só um chocolate quente para esquentar. Na minha mão, fazendo companhia na noite gelada, um  livro 

  Nas paginas do livro a diferença entre o tempo, as diferenças de gerações, a diferença entre ser mulher hoje e no passado, a transformação do mundo, o encontro com o futuro ao longo das páginas através de Beta, a bisneta imaginária da personagem , e o passado através da fotografia da bisa da personagem, e assim vai sendo bordado o tempo …

   O bordado contando passagens da vida, a história de uma vida, a vida em pontos em diferentes direções que vão se cruzando, as fotografias bordadas e tatuadas, fotografias que ficam eternizadas, as palavras que vão e vêm na memória achada em alguma gaveta e que nos faz entender o tempo, nossas conquistas, o feminino que existe em nós, a força que existe no feminino, as conquistas em mudanças entre os tempos. O livro vai fazendo essa mediação entre passado, presente e futuro através da imaginação, assim vamos  tranzando  pontes 

    A trança vai se formando… contando a trajetória feminina, o feminino escrito de forma poética, quase como um bordado, uma tatuagem delicada com traços em formas de palavras que vão se colocando com uma delicadeza rara, como a minha caixa de memórias verde clarinha guardada com toda delicadeza. Uma relíquia, a memória de julho do chocolate quente, a vontade de escrever uma história cruzando a minha história com a história da minha avó, criada no interior de Goiás, que também bordava como Bisa de Bel e como eu. 

A vida sem abraço

A Vida sem abraço

A vida sem abraço
Cada um no seu pequeno quadrado
Seja em suas janelas
Com luzes a brilharem
Seja a luz azul da tv
A luz laranja por que a cortina tem está cor
A luz vermelha como o coração
Seja cada um no seu quadrado virtual
Cada um com sua roupa rosa azul verde , com sua caneta a escrever
Cada um procurando um jeito de sobreviver no seu quadrado
Sem um abraço sem um cafezinho sem o bolo da hora do intervalo
Sem o abraço de urso do sobrinho
Mas com uma fé imensa que nos move mesmo que em tempos difíceis na esperança que cada um saia do seu quadrado e voltem a dar o abraço pessoalmente, eu espero este dia ansiosa e não esqueçam do meu cafezinho….

texto da aula da maria Helena Alvim

#julhoquevou

Para onde o meu cachorro me levaria

#julhoquevou
#julhoqueeuvou

Tenho um pequeno probleminha eu reparei agora que não tenho um cachorro
Mas se eu tivesse onde ele me levaria ?
Bom primeiro ele teria que vir com um botão para desligar… por que se puxasse a dona seria um foguete , aliás este poderia ser o nome dele ! Mas acho que seria Bento por que eu gosto deste nome…. e parece um bom nome ! Mas onde ele me levaria talvez para andar no Ibirapuera ver o lago e seus patinhos ou no MASP para ver Tarsila …ou quem sabe iríamos mas longe para a praia ver o Nemo e os tubarões ou quem sabe para o castelo da Cinderela, ou para o mundo congelado de frozen , ou ver a Monalisa em Paris , ou conhecer a rainha em Londres ou ver a marianela dançar , ou quem sabe dar um pulo em alguma livraria onde mora a Emília e a Gabriela, aquela de Jorge amado , ou quem sabe tomar um soverte de morango que eu tanto gosto e dar uma volta pelas luzes coloridas do shopping e tomar um café ….ou na igreja para dar uma rezada e pedir proteção para o São Francisco ou simplesmente andar sem destino olhando a beleza do caminho e das nuvens , do sol , da lua a brilhar com seu São Jorge a nos proteger…

( a pintura é minha foi feita em 2002 , óleo sobre tela )

desafio criado pela maria Helena Alvim

Amores

 

#julhoqueeuvou
#julhoquevou

Amores ….
Era uma vez por uma casinha e lá morava um casal de senhores , sabe estes que passaram a vida Juntos , tiveram, filhos , netos e até bisnetos … o casal da casinha encantada era assim , se conheceram ainda criança na escola da cidadezinha, mas se perderam por um tempo aos 20 anos se encontraram na pracinha da cidade , pois ela morava no sítio e quase não ia a pequena cidade , casaram tiveram filhos e construíram a casinha mágica , onde tinha joaninhas falantes , a fadas e duende no cair da noite , onde sempre tinha torta de maçã quietinha e pão de queijo saído do forno naquele minuto! Onde tudo vivia na santa paz e o amor reinava e disseram que ainda hoje reina através dos netos e bisnetos e todos que lá vão sentem uma energia mágica da casinha encantada …
( uma pintura minha de 2018 acrílico sobre tela )

desafio criado pela escritora Maria Helena Alvin

vizinho

 

 

 

#julhoquevou #julhoqueeuvou

Vizinhos ah vizinhos …
bom o que descobrir ?
Descobrir que este prédio é quase uma caixinha de música
Destas caixinha de música que moram várias lindas bailarinas que vão levando a quarentena com os seus passos
Plié.
Jeté.
Fondu. …
Frappé. …
Grand Battement. …
Adagio.

Aqui quem sabe more a compelia ou a Giselle quem sabe a clara tenha passado aqui na quarentena, quem sabe o mágico da clara possa levar o vírus embora , com ajuda da bela adormecida , quem sabe apareça o don quixote , e salve as lindas bailarinas das caixinhas de música da quarentena e elas voltem a dançar o lago dos cisnes nos palcos da vida , e façam a plateia sorrir e chorar … que entre um Pile e outro haja sempre à esperança que nossa senhora do ballet sempre nos proteja …

desafio feito pela escritora maria Helena Alvim

 

o olhar

#julhoqueeuvou
#julhoquevou

O olhar … o ver a mesma coisa com outros olhos
O olhar que vai e vem
Pelo verde das árvores sempre com folhas novas na secada !
O olhar que vai e vem !
O olhar que vai e vem olhando os santinhos da mesa de cabeceira
Sempre atrás de uma fé .. que se renova todo dia !
O olhar que ver sempre uma cor nova nas suas próprias pinturas…
nas linhas do bordados
No olhar da menina do quadro a me olhar todas as noites de formas diferente…
ah o olhar que nos ensina sempre ir adiante a procurar novos caminhos ….

desafio criado pela escritora  maria Helena Alvim

janela

 

#julhoquevou

 

Da minha janela
Vejo cores
Vejo pássaros
Vejo o céu azul
Vejo o céu nublado
Vejo vida
Vejo crianças correndo pela grama do prédio ….
vejo as motos que vão e vem com os almoços
Vejo as plantas o meu pé de limão !
Vejo os pássaros comendo banana na sacada
Vejo as luzes da noite fria
Luz verdes, amarelas , vermelhas
Vejo o vento o vento agente vê ?
Vejo o verde das árvores e o cor de Rosa dos ipês
Vejo vida sempre a pulsar lá fora …

Texto dia 1 #1dejulho

desafio julho que vou feito pela escritora Maria Helena Alvin

@mhalvim