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O palco

O palco

Hoje pela manhã, minha professora de balé me perguntou se eu gosto de dançar no palco. A resposta é sim.

Eu adoro as luzes brilhantes, a música tocando, e o (cor) de rosa da maquiagem, que, na verdade, nunca uso.

Gosto de ajudar a professora com as crianças, cortando as cordinhas das sapatilhas mirins.

No entanto, este ano não tive coragem por causa da pandemia.

Adoro dançar e esquecer que, no fundo do teatro, há uma plateia sentada em cadeiras vermelhas.

Gosto de sentir as luzes, mesmo que não aprecie ser vista.

O palco é uma paixão que não consigo explicar.

Outro dia, uma professora que admiro e que tem uma carreira no teatro comentou que eu tenho uma voz doce para gravar vídeos, apesar da minha timidez.

Talvez sejam as flores do caminho, talvez seja a alma dançando.

**Querido Papai Noel,**

**Querido Papai Noel,**
Eu poderia pedir uma bicicleta cor-de-rosa com cestinha ou uma bicicleta azul clara

daquelas retrô, mas será que ainda sei andar de bicicleta?

Quem sabe um patins lilás?

Ainda existe uma sandália da Xuxa?

Um disco de vinil da Angélica? Não tenho vitrola, mas adoraria!

Uma Barbie astronauta?

Uma casinha de bonecas, onde o mundo é perfeito!!!

Um patinete (sem ser elétrico), pois tenho um certo trauma de patinetes elétricos!

Uma corda para pular? Acho que não sei pular corda, mas…

Então, que tal uma sapatilha de ponta de balé? Esse é um sonho antigo!

Um colar de anjinho, já que gosto de anjos e de nossas senhoras de tantos nomes!

Linhas novas para novos bordados?
Pincéis, papéis de aquarela, uma orquídea?

Ah, Papai Noel, já sei! Quero um mundo livre desta pandemia! Um mundo com vacina para todos!

Um mundo cheio de saúde e amor!

Escrevo enquanto olho para o mar; ele vai e vem.

Parece tão calmo que dá até para vir de navio.

Quem sabe a sereia e os golfinhos te fazem companhia pelo caminho…

Continuo aqui, bordando e esperando dias melhores para o nosso Brasil e para o mundo!

A árvore aqui da frente já está iluminada, aguardando a sua chegada…

**É de sonho, é de fé**

**É de sonho, é de fé**

Nossa Senhora de Aparecida,

Ilumine o caminho da minha vida.

Minha Nossa Senhora de tantos nomes,

Minha Nossa Senhora do Vale,

Minha Nossa Senhora das Águas do Rio.

É de sonho e de pó,

Nossa Senhora de Aparecida,

A santinha de um país inteiro.

Quantas vezes eu a pintei,

Bordei a cada ponto,

Pontos que são como rezas,

A minha Nossa Senhora,

A santinha do santuário.

Santuário iluminado,

A santinha que espera a todos com seu olhar puro.

Azul é seu manto,

Dourada é sua coroa,

A contemplar cada um com seu pedido.

História de uma vida,

Promessa,

Especialmente em tempos tão difíceis.

O céu azul de Aparecida a iluminar caminhos.

Sou caipira de Pirapora,

Nossa Senhora de Aparecida,

Sou a menina paulista que cresceu a 170 km da santinha,

À beira da Dutra.

Minha Nossa Senhora,

Nossa Senhora de tantos e tantas,

Nossa Senhora de um país que clama por orações,

Nossa Senhora que tanto gosto de pintar.

Achada no rio,

A fé de um povo,

Nossa Senhora Aparecida de luz dourada.

Proteja sempre os meus caminhos,

E os caminhos daqueles que eu amo.

Aqui, no dia 12 de outubro,

Deixo a minha homenagem:

À mãezinha do céu,

Aparecida – Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

serie 4.O

**Texto escrito durante a sessão de arte terapia**

Era uma menina que nasceu muito pequena, sempre a menor da sala e da casa, mesmo

sendo a mais velha. Sempre cercada de amor cor-de-rosa, ela gostava de sentir o cabelo ao

vento e a liberdade que isso trazia. Um dia, sonhou em ser pirata. O pirata tem seu próprio

barco, e seria maravilhoso navegar pelo mundo. Ela também adorava a Branca de Neve,

que cuidava dos sete anões, e sonhava com Alice, que vivia no País das Maravilhas. Não

deveria ser muito longe esse lugar, certo?

O uniforme do colégio tinha detalhes em laranja, e ela usava a bota rosa da Xuxa para

combinar.

A Xuxa de “Lua de Cristal” sempre a fazia sonhar…

Ela se lembrava do vestido de balé cor-de-rosa, que já tinha mais de trinta. Por que não?

Com a máquina fotográfica, buscava registrar as paixões e cada flor do caminho.

A tela da pintura trazia as cores de uma vida transformada em arte, sim, em muitas cores.

Ah, faltou mencionar a piscina, que era uma ligação de uma vida inteira, e as viagens para

a Disney, onde até o coelhinho da Alice ajudava as horas a passar mais rápido…

E como precisava andar, sem o Aladim para salvá-la com seu tapete mágico. Para ela, era

melhor ser a Cinderela, que ficava apenas no castelo… Mas vamos em frente, entre arte e

fantasias.

Onde vamos parar?

“Uma ilustração do começo da pandemia, baseada em uma foto de Alice Venturi, registrou

um evento em Aparecida, a cidade da minha santinha. Esta semana, fiquei muito triste

com a situação em Aparecida. Em busca de formas de ajudar, soube que a população está

passando fome, assim como em várias partes do Brasil, onde já estamos perdendo cerca

de 3 mil vidas por dia. É uma realidade difícil de compreender, especialmente para o padre

Fábio, que hoje perdeu sua mãe, dona Ana, mais uma vítima entre tantas outras: Anas,

Marias, Josés… Até onde vamos parar?

E ainda há quem diga que está cansado de ficar em casa! Como assim? Fazendo festas

enquanto 3 mil vidas se vão a cada dia! A minha resposta a essa pergunta diz tudo: não

estou cansada! Preciso me proteger e proteger aqueles que amo! Nesta semana, o que

mais escutei nas minhas aulas online foram relatos sobre familiares internados. É

realmente muito triste. Desejo força a cada um e que Nossa Senhora nos proteja… e

também nos proteja deste governo! Fiquem em casa! Tenho fé de que o sol ainda brilhará

intensamente. Muita fé sempre.”