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Era uma vez um planeta chamado Terra….

Era uma vez um planeta chamado Terra.

Muita gente mora lá, e eu também. Ele é dividido em muitos países. Eu moro em um deles,

um país tropical, bonito por natureza, mas que atualmente enfrenta muitos problemas.

Voltando a falar do planeta Terra, era carnaval no meu país, e começava a chegar um vírus

de outra parte do mundo, lá pelo lado do Oriente, que fica bem longe do meu país, que é

lindo por natureza, mas repleto de desafios. O vírus mudou tudo; tivemos que nos adaptar

e fazer tudo dentro de casa.

Mas a esperança estava lá, escondida no bater do coração, na lembrança da infância, para

que nunca possamos perder a fantasia. A esperança estava em cada flor, nas aulas de

ballet online. Ela estava aqui e ali, esperando dias de mais alegria para o meu planeta.

Sim, não sou o Pequeno Príncipe; reparto meu planeta com muita gente. Afinal, a

companhia e o amor fazem parte dos seres humanos que habitam este pequeno planeta

azul, que faz parte de um grande sistema solar… ou seria um pequeno sistema solar? Bom,

isso já não sei.

Sei que estou aqui, esperando a esperança.

Terra, planeta da água.

Terra, planeta da esperança.

Coração

**Os Olhos**

O olhar azul como o céu,

que me ensina a perceber cada detalhe da vida.

O cabelo, penteado todos os dias com uma escova da Hello Kitty,

representa o rosa da vida.

**O Sentir**

O que reside lá dentro,

às vezes guardado em uma caixinha de música,

com as mais lindas bailarinas.

O coração bate no ritmo da arte, sorrindo.

Um olhar gentil e sereno,

que dispersa o nervosismo

e esconde o choro sob o sorriso da vida.

Que caminha ao som da mais bonita melodia,

vinda do pulsar do coração…

 

 

**Era uma vez uma infância**

**Era uma vez uma infância**

Era uma vez uma infância que ficou registrada na memória, entre o pé de amora e o

parquinho de pedras brancas.

Por onde passava a minha bicicleta rosa, havia espaço para correr.

Mas eu não sabia correr… e ainda não sei.

No entanto, sabia voar.

Voava na minha imaginação, pedalando pelas pedras brancas com a bicicleta rosa.

Neste final de semana, tentei correr novamente no parquinho de pedras brancas,

acompanhada de um cachorrinho de plástico perdido – uma cena que parecia ter saído de

um quadro de Edward Hopper.

Um cachorrinho de plástico, da nova geração, os atuais habitantes do meu parquinho da infância,

que neste final de semana tinha novos pequenos:

os pequeninos da tia Abi – ou melhor, agora tia Gabi.

Ainda não sei correr,

mas sei voar na imaginação.

E foi como se um dia valesse por um ano inteiro.

Não importa se a pandemia nos separou;

a ligação sempre estará lá,

com os meus pequenos habitantes do parquinho e do meu coração.

Como foi bom balançar com vocês!

Ops, a tia Gabi não entra na balança,

Ela ainda gosta  bicicleta rosa.

Ela ainda não sabe correr,

mas sabe voar na imaginação com vocês.

Sabe sobre o pé de amora, sobre dinossauros e sobre Legos coloridos.

E sabe amar e voar!

 

**Eu sou**

**Eu sou**

Quietinha,

meia tímida,

um pouco teimosa,

um pouco nervosa,

muito sentimental.

Choro por qualquer coisa,

e fico mais nas nuvens do que na terra.

Sou bastante distraída

e acabo quebrando tudo.

Gosto do mundo das cores,

do mundo das águas,

de poesia,

das pessoas.

Sou devota de Nossa Senhora em todos os seus nomes e de Santa Terezinha.

Amo a cor rosa,

adoro sair com você,

e sou apaixonada por café.

Hoje em dia, não me preocupo tanto com a história do medo.

Aprendi que posso dançar e até voar na imaginação.

Meu nome é inspirado em Jorge Amado, assim como os olhos do meu avô.

Ele me ensinou a ser forte através do seu olhar.

Então, eu nasci assim,

mas nem sempre serei assim.

**Histórias bordadas de maneira poética, linhas que escrevem o tempo e o coração em uma garrafa.**

**Histórias bordadas de maneira poética, linhas que escrevem o tempo e o coração em uma garrafa.**

O medo, que se transforma; o tempo, que ensina. Com sua delicadeza, tece cores novas.

Desafios surgem, perdas que se tornam saudades, ponto a ponto, na história.

As estrelas, desenhos no céu, são inspiração e reflexão. O tempo nos oferece

ensinamentos: o ciclo da vida — nascer, crescer, morrer — e o momento de contemplar as

estrelas que sempre brilham.

O tempo de viver da criança se expressa em curiosidades, buscando novas possibilidades

para transformar a dor de maneira poética. É o resgate da criança ferida dentro de nós, que

se transforma e borda novas cores. O vermelho do coração continua a bater, o ritmo da

vida é feito de momentos de medo, dor e descoberta.

O mundo é visto pela janela com um olhar assustado, onde as cores nem sempre são

alegres. Buscar o bordado da vida sem medo, com tons vibrantes, é essencial. Essa jornada

é um encontro consigo mesma e com o outro. As estrelas nos ensinam, com seu brilho, que

a jornada pode ser bordada e escrita de forma iluminada — um brilho que nunca se apaga,

que nos ensina a deixar os medos para trás e seguir em frente, bordando o novo no brilho

das estrelas e no bater do coração.

Mulheres

Mulheres de todas as cores

São belas mas sentem suas dores

Mulher que sabe lutar

Mulher que sabe rezar

Que pode ter cabelo rosa e ser frágil

Que pode ter cabelos azul e ser forte

Que pode ter cabelo roxo e ser alegre

Que pode ter cabelo laranja e ser triste

Mulher que sabe rezar

Mulher que sabe lutar

Mulher que sabe ser forte no momento de dor l

Que da luta faz sua arte

E assim sou feita de várias mulheres com muitas histórias coladas neste álbum de

figurinhas com retratos de todas as mulheres que pintei até aqui

 

Amanhã será treze de maio.

Lembro de muitas coisas em um dia de chuva como o de hoje.

Amanhã será treze de maio.

E como costuma fazer frio nesse dia!

Todo treze de maio era marcado por festas na igreja,

Repleto de doces e vinho quente,

Além de flores que enfeitavam o ambiente.

Mas este ano, as celebrações não se realizarão como em anos anteriores.

No entanto, a fé sempre permanecerá viva,

E minha santinha estará sempre em algum lugar,

Olhando por mim e por todos nós.

Viva Nossa Senhora de Fátima!

Beijinho Doce

Em uma pequena cidade do oeste do Paraná, morava Maria do Rosário e seus filhos.

A segunda filha do casal era uma menininha linda e magrinha, assim como a mãe.

Ela usava vestidos rodados e adorava acompanhar os pais nos bailes. A mãe cantava

“Beijinho Doce”, enquanto o pai era o sanfoneiro da festa. O ambiente estava sempre

decorado com bandeirinhas de diversas cores e formas.

A cidade acreditava no saci, aquele menininho de chapéu vermelho, como as maçãs do

campo. Havia pés de laranja e rapadura por acaso, e será que o saci gostava de rapadura?

Parece que sim, pois havia rezas no cemitério. “Mãezinha do céu, eu não sei rezar.” O azul

do seu manto era reconfortante, e havia necessidade de fugir do cão bravo e do boi. Mas

aos domingos, as missas eram essenciais para usar o sapatinho novo.

Será que o saci frequentava a missa? Acho que não, pois ele não sabia rezar, mãezinha do

céu… E assim era a vida, repleta de fantasias, cores e músicas. Maria do Rosário cantava

“Beijinho Doce”, aquecendo o frio do oeste do Paraná.

 

A menina do rosto azul como uma pintura de Picasso…

**Menina que se vê no espelho, a imagem refletida.

O ato de se ver,

de ser vista por fora, à procura do eu interior.**

**Do nosso próprio ser,

o ser que existe dentro de nós,

aquela luz que nunca se apaga.

A menina do rosto azul como uma pintura de Picasso,

a menina adornada por flores e cores,

em busca da sua luz interior.**

**O olhar,

a luz,

a luz que brilha de dentro,

a luz que conta a história de uma vida.

Uma vida narrada por cada estrela do caminho,

em dias mais brilhantes, em outros mais escuros,

mas sempre presente.**